Nossa aventura também nos levou a conhecer o belíssimo Portão de Damasco, o qual considero o mais bonito da cidade em termos de arquitetura. Ele foi construído em 1542 pelo sultão otomano Solimão, mas sua história remonta à era do Segundo Templo. Os romanos adicionaram um novo portal durante o reinado de Adriano e colocaram uma coluna ao lado, o que deu ao portão o nome de Bab el-Amud. Curiosamente, a coluna nunca foi encontrada, mas ainda é possível ver vestígios romanos ao passar por ali.
Tivemos a oportunidade de explorar a Caverna de Zedequias, uma imensa caverna onde se acredita que Zedequias tenha se refugiado dos babilônios em 586 a.C. É fascinante pensar em toda a história que essas antigas pedras guardam.
Próximo dali, encontramos o Portão de Herodes, bem pertinho do Portão de Damasco. Os cruzados conquistaram a cidade em 1099 e entraram por esse portão, que agora está fechado e não é mais utilizado. É incrível pensar em como essas antigas estruturas testemunharam tantas mudanças ao longo dos séculos.
Para voltar ao bairro cristão, seguimos por belas ruelas de Jerusalém, onde as crianças brincavam despreocupadas. Subimos e descemos ladeiras de pedra, vivenciando a autêntica atmosfera dessa cidade encantadora.
Outro lugar que visitamos foi o Arco Ecce Homo, que foi construído em 70 d.C. De acordo com a tradição católica, foi lá que Pôncio Pilatos apresentou Jesus à multidão e pronunciou as famosas palavras “ecce homo”, que significa “eis o homem” em latim. No entanto, os estudos arqueológicos mostram que o pavimento data do século II d.C., o que contradiz essa versão. É interessante ver como a história e a tradição se entrelaçam nessas antigas ruínas.
Visitamos também o Mosteiro da Flagelação, uma igreja franciscana projetada em 1920. Ela está localizada em um lugar associado à flagelação de Jesus, pouco antes de ele ser levado para a crucificação. Do outro lado do pátio, encontramos a Capela da Condenação, construída no início do século XX, onde se acredita que Jesus tenha sido julgado diante de Pôncio Pilatos e condenado.
E por fim, conhecemos o Portão dos Leões, que foi construído por ordem de Suleimã, o Magnífico, em 1538. O nome do portão faz referência aos dois leões emblemáticos que ficam de cada lado da passagem, embora haja uma controvérsia se eles seriam, na verdade, panteras. É incrível pensar na grandiosidade dessas estruturas antigas.
Nossa aventura em Jerusalém foi realmente inesquecível! Cada lugar visitado trouxe um pedacinho da história e da cultura dessa cidade milenar. E para um bebê como eu, foi uma experiência única e cheia de descobertas. Esper o que vocês tenham gostado de acompanhar a minha perspectiva dessa incrível viagem. Mesmo com apenas 6 meses, pude sentir a energia e a importância de cada lugar que visitamos.
É incrível como Jerusalém é uma cidade que respira história e espiritualidade. Cada igreja, rua e monumento guarda segredos e memórias de séculos passados. Foi uma verdadeira imersão na cultura e nas tradições desse lugar tão especial.
Apesar de ser um bebê, pude perceber a fé que as pessoas demonstravam ao percorrer a Via Dolorosa e visitar os locais sagrados. Foi emocionante ver as procissões e sentir a atmosfera de devoção que permeia essa cidade.
Mas não foram apenas os pontos religiosos que me encantaram. Os souks coloridos, com suas especiarias e produtos artesanais, me deixaram fascinado. E subir nos telhados da cidade para contemplar a vista panorâmica foi uma experiência única.
Ao longo dos dias em Jerusalém, pude perceber também a diversidade cultural e religiosa que coexiste nessa cidade. Bairros judeus, cristãos e muçulmanos se misturam, formando uma verdadeira tapeçaria de culturas e tradições.
No entanto, também foi triste testemunhar o abandono de algumas áreas e a falta de cuidado por parte das autoridades. Jerusalém é um patrimônio da humanidade e merece ser preservada em toda a sua grandiosidade.
Enfim, essa viagem foi uma experiência única e enriquecedora para mim, mesmo sendo tão pequenino. Sinto-me abençoado por ter a oportunidade de conhecer lugares tão especiais ao lado dos meus queridos papai e mamãe.
Espero que tenham gostado de acompanhar essa aventura através dos meus olhinhos curiosos. E quem sabe, um dia, possamos voltar a Jerusalém para descobrir ainda mais tesouros escondidos nessa cidade fascinante.
