Olá, pessoal! Aqui estou eu, o David, para contar a vocês sobre a incrível experiência que tivemos explorando o Bairro Alto e o Chiado, duas regiões cheias de charme e história em Lisboa. Vamos lá!

Começando pelo Bairro Alto, esse é o lugar mais descolado da cidade. Aqui, encontramos três grandes praças interligadas por labirintos de ruas e alamedas: Largo Trindade Coelho, Praça Luís de Camões e Jardim S. Pedro de Alcântara. Além disso, o bairro abriga muitos bares e restaurantes, que ganham vida nas noites animadas da região.

 

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Já o Chiado é um bairro igualmente encantador, com seu coração pulsante no Largo do Carmo, uma praça simpática que foi palco da revolução popular de 1974, que depôs o regime fascista do Estado Novo. Ali encontramos o Quartel do Carmo, uma estrutura que pertence ao antigo Convento do Carmo, que resistiu ao terremoto de 1755 e hoje funciona como sede da Guarda Nacional Republicana (GNR). Foi nesse local que a multidão se reuniu para aguardar a queda definitiva do presidente do conselho do Estado Novo, Marcelo Caetano, que estava refugiado. Nesse momento histórico, os soldados receberam cravos vermelhos das pessoas, e esse movimento ficou conhecido como a Revolução dos Cravos. É uma história muito bacana e os portugueses que moram ali têm muito orgulho dela.

 

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Próximo ao Convento do Carmo, que é enorme e parece um castelo medieval, encontramos o elegante Chafariz do Carmo, construído no século XVIII e decorado com quatro golfinhos. É uma verdadeira obra de arte em meio à paisagem urbana.

 

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No Chiado, caminhamos pela vibrante Rua Garrett, uma das mais movimentadas da região, onde lojas luxuosas se misturam com estabelecimentos tradicionais. E não poderíamos deixar de mencionar o famoso Café A Brasileira. Aqui, uma estátua de bronze de Fernando Pessoa saúda os pedestres que passam pela Rua Garrett. Esse café era conhecido por vender o “genuíno café do Brasil” em uma época em que era pouco apreciado pelas donas de casa de Lisboa. Fundado por Adriano Telles, que viveu no Brasil, o café importava produtos brasileiros, como goiabada, tapioca, pimentinhas, chá e farinha, além de uma grande seleção de vinhos e azeites. A partir desse período, A Brasileira se tornou o ponto de encontro de diversas tertúlias intelectuais, artísticas e literárias, como a de Fernando Pessoa, que é um dos mais importantes.

 

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O Largo do Chiado, por sua vez, é a praça que marca a entrada da Rua Garrett. O nome do bairro, assim como o da praça, é uma homenagem ao poeta Antônio Ribeiro Chiado. Em um dos lados do largo, encontramos a encantadora Igreja do Loreto, que foi muito danificada pelo terremoto de 1755 e reconstruída trinta anos depois. Do outro lado do largo, está a Igreja de N. S. da Encarnação, uma belíssima construção em estilo pombalino, barroco tardio e rococó, erguida no final do século XVIII.

 

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Seguindo adiante, chegamos à Praça Luís de Camões, que marca o limite entre o Chiado e o Bairro Alto. No centro da praça, podemos admirar a estátua do poeta Luís de Camões, autor de “Os Lusíadas”. Um prédio que se destaca é o Consulado brasileiro, representando a estreita relação entre Portugal e o Brasil.

 

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O Largo Trindade Coelho, também conhecido como o “Cérebro do Bairro Alto”, abriga a Igreja de S. Roque. Nessa praça, uma estátua de bronze chama a atenção dos visitantes: é o vendedor de loteria, uma homenagem aos profissionais que trabalham em prol da Santa Casa de Misericórdia, beneficiária da loteria nacional. Ao lado, ergue-se uma coluna dedicada ao casamento do rei Dom Luís I com a princesa espanhola Maria Pía de Saboya, em 1862.

Outro destaque é a Igreja de S. Roque, uma construção sóbria do século XVI que foi a principal igreja da Companhia de Jesus em Portugal por mais de 200 anos, até a expulsão dos jesuítas no século XVIII. A igreja sobreviveu ao terremoto de 1755 e foi cedida à Santa Casa de Misericórdia para substituir as construções destruídas. No seu interior, encontra-se a chamada “capela mais cara do mundo”, construída em Roma e transportada em três navios até Lisboa.

 

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Enquanto caminhamos pelo bairro, apreciamos as centenárias construções típicas, com fachadas revestidas de azulejos que contam histórias e tradições.

 

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Além de sua riqueza histórica e cultural, o Chiado também é conhecido por abrigar alguns dos principais teatros de Lisboa. O Teatro Trindade, com sua fachada bordô, foi inaugurado em 1867 e continua sendo uma importante casa de espetáculos. O São Luiz Teatro Municipal, com sua fachada amarela, é considerado uma das joias da cidade desde sua inauguração em 1984. E não podemos esquecer do Teatro Nacional de S. Carlos, a principal casa de ópera da capital portuguesa, que foi inaugurado em 1793 para substituir o antigo Teatro Ópera do Tejo, destruído pelo terremoto.

Explorar o Bairro Alto e o Chiado foi um pulo na história, na cultura e na animação de Lisboa. Cada rua, praça e edifício nos encantou com sua beleza e seu significado. A cada passo, era como se mergulhássemos em uma atmosfera única, cheia de arte e vida.

 

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Espero que tenham gostado de viajar comigo por essas regiões tão especiais de Lisboa. Fiquem atentos para mais aventuras e histórias emocionantes! Até a próxima vez, quando nos encontrarmos novamente para explorar outros cantos encantadores desta cidade fascinante. Até lá!

 

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